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Crítica | ‘Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1’: novo vilão, hábitos antigos

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Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1

Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 (Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One, 2023) é o sétimo filme da série Missão: Impossível (Mission: Impossible, 1996). Dirigido por Christopher McQuarrie, ele inicia uma das jornadas mais desafiadoras de Ethan Hunt (Tom Cruise), membro de uma agência de espionagem, e terá sua continuação lançada em 2024.

A trama é construída no mesmo formato dos seis longas anteriores: primeiro uma adversidade é apresentada ao público e, em seguida, Hunt recebe a conhecida mensagem que se auto-destrói em 5 segundos e é convocado para uma missão. A partir daí, ele e sua equipe se organizam para encontrar a chave que dá acesso ao controle de uma Inteligência Artificial (IA) super-desenvolvida, capaz de controlar os serviços de inteligência de todos os países do globo simultaneamente. 

Personagens como Benji Dunn (Simon Pegg), Luther Stickell (Ving Rhames) e Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), aliados de Ethan, retornam para o sétimo filme da franquia com papéis essenciais para o desenvolvimento da narrativa. Imagem: Reprodução/ Youtube.

É através do vilão que o filme dialoga com a realidade e explora um dos assuntos mais relevantes e debatidos atualmente: o uso das IAs. Em meio ao ritmo frenético e característico das cenas de ação, os personagens se deparam com as funções e os usos da tecnologia, além da insegurança a respeito de sua evolução e os limites de sua atividade, até então desconhecidos. Também é colocado em debate uma possível disputa entre os Estados pelo controle do recurso e as implicações disso no cenário internacional. 

Para além do retorno de figuras como Alanna Mitsopolis (Vanessa Kirby), novas personalidades chegam para agregar. O primeiro deles, que assume o papel de antagonista ao lado da IA, é o misterioso Gabriel (Esai Morales), que fez parte do passado de Ethan. Grace (Hayley Atwell), por sua vez, divide o protagonismo ao lado do icônico agente secreto e, com ele e sua equipe, é responsável pelo aspecto cômico da produção, configurando momentos de leveza em meio aos embates e perseguições. 

 Imagem: Reprodução/ Youtube.

Grace e Gabriel, apesar de novos na franquia, são bem desenvolvidos e integrados à narrativa, participando das principais cenas de luta do filme. Imagem: Reprodução/ Youtube

Por mais que não seja o foco, Acerto de Contas Parte 1 traz uma perspectiva mais intimista em relação a Hunt, que constantemente tem seus princípios, como proteger a vida de seus companheiros a todo custo, colocados à prova. O caráter heróico atribuído a ele pode ter sido um tanto exagerado ao colocá-lo como um dos únicos que preza pelo bem da humanidade, mas assume uma lógica dentro da narrativa e, portanto, não a prejudica. 

“Nossa vida é o resultado de nossas escolhas e não podemos fugir do passado”. A frase dita por Kittridge (Henry Czerny) no trailer revela uma novidade: pela primeira vez na franquia, o passado do personagem de Tom Cruise começa a ser explorado. Ainda que de forma introdutória, elementos que fizeram parte de sua vida antes de se tornar um agente voltam para assombrá-lo e revelam um pouco mais sobre os motivos que o levaram a participar do FMI (Força Missão Impossível).

Imagem: Reprodução/ YouTube

Vários países  são englobados pela trama, que começa mostrando uma expedição russa e tem cenas no deserto árabe, Estados Unidos e Roma, além de citar outras nações,  como o Brasil. Imagem: Reprodução/ YouTube

Tal qual em produções anteriores, o longa traz cenas de tirar o fôlego. Com um menor número de explosões ao longo do tempo, as cenas de perseguição, acompanhadas do carisma de Ethan e seus amigos, garantem uma boa dinâmica e são bem trabalhadas em relação aos efeitos visuais. Cruise também inovou nas acrobacias, que desta vez são mais complexas e desafiadoras. 

Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 tem cerca de 2h40 de duração e apresenta o que já era esperado, se mantendo fiel à estrutura vista desde o filme de 1996. No entanto, o dinamismo da história, aliado à complexidade do tema central, impede que ele seja cansativo, pelo contrário, promove o envolvimento dos espectadores com a história ao gerar  expectativa em torno da resolução do problema e o futuro da missão.

Avaliação: 5 de 5.

Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 chega aos cinemas no dia 13 de julho. 

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