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Crítica | Nefarious

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Nefarious

O gênero de filmes de terror está em alta. Só em 2023 tivemos vários sucessos de bilheteria de produtoras mais famosas, como também de mais independentes, e é daí que surge Nefarious.

Ultimamente filmes mais desconhecidos têm chamado a atenção por suas tramas únicas e que fogem da caixinha, como é esse caso. Este filme aqui, porém, dá um interesse maior por ser um filme cristão, retratando um caso de possessão demoníaca. Vindo de um gênero que já está até saturado com diversos filmes, desde 1973 com o sucesso de O Exorcista. Com tantos filmes que contam a mesma coisa, daria para tirar algo proveitoso de Nefarious? E a resposta é sim.

Sinopse: No dia de sua execução, o assassino em série Edward Brady tem um último e decisivo compromisso: uma consulta final com um psiquiatra, atestando que ele de fato cometeu seus crimes sabendo o que fazia e, assim, não pode ter sua sanidade questionada. Porém, depois do suicídio de seu antigo médico, Edward deverá ser avaliado pelo Dr. James Martin, outro psiquiatra. Com o destino e a vida do assassino em suas mãos, Martin não tem ideia do que terá que enfrentar. Quando Brady diz ao médico que é, na verdade, um demônio, uma batalha pela verdade tem início, envolvendo fé, crenças e o futuro da humanidade.

Nefarious é um filme que, apesar de possuir um baixo orçamento, em momento algum isso tira o mérito do filme. Se passando em uma prisão, o filme não tem muitas locações, mas capricha no ambiente, parecendo realmente um lugar frio, como deveria ser. A fotografia do filme deixa a desejar um pouco devido à alta saturação, parecendo um filtro um pouco forçado às vezes.

Quando assisti o filme e fiquei sabendo que era dos mesmos criadores de Deus Não Está Morto (2014), Cary Solomon e Chuck Konzelman, fiquei surpreso. Responsáveis por um filme que teve um público gigante e que voltou a trazer filmes do gênero de volta para o cinema, como o mais recente Som da Liberdade, mas também trouxeram uma grande polêmica, e aqui eles mostraram ter aprendido com as críticas, mostrando um certo amadurecimento.

Mesmo que o objetivo ainda seja o mesmo, de apresentar a palavra do evangelho, o filme não se prende em um drama morno de repetições de frases usadas em igrejas, como o debate dos dois primeiros filmes de Deus Não Está Morto. Era algo tão exagerado que até para o público alvo soava de forma forçada, e para um filme que tinha o objetivo de ‘evangelizar’ as pessoas, se provou ineficiente, virando até motivo de chacota para a maior parte do público. Felizmente, isso não se repetiu aqui, o que mostra que aprenderam com as críticas.

Cary Solomon e Chuck Konzelman

Algo que me chamou a atenção nesse filme foi o fato de não colocarem o diabo como um ser caricato, como a maioria dos filmes sobrenaturais insiste em fazer. Mas sim, como alguém de extrema inteligência que promove um debate com o padre, e que não precisou de um CGI com chifres exagerados para dar medo, tudo isso graças a uma excelente atuação de Sean Patrick Flanery. Em momento algum sua atuação deixou a desejar, foi o destaque do filme.

Nefarious é um filme que não vai agradar a todos. Ele tem seus pontos positivos e não é qualquer coisa, mas devido ao hype exagerado por parte de algumas pessoas, sendo até anunciado por alguns como o “maior filme de possessão demoníaca” já feito, pode acabar mais atrapalhando do que ajudando. É um bom filme, nada mais que isso. Porém, por ser puxado para o lado mais religioso, pode acabar afastando parte do público, decisão corajosa.

Agradecemos também aqui à distribuidora A2 filmes por disponibilizar o filme de forma antecipada para nosso site.

NOTA: 3/5

Nefarious chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 02 de novembro.

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