CRÍTICA: OPPENHEIMER é incrível e deslumbrantemente explosivo

O novo filme de Christopher Nolan chega nesta quinta-feira aos cinemas nos trazendo a história de uma das pessoas mais importantes da história da humanidade, o “pai da bomba atômica”.

A história acompanha o cientista e físico estadunidense J. Robert Oppenheimer, chefe de guerra no Laboratório Nacional de Los Alamos, no estado americano do Novo México, onde comandou a equipe que criou a primeira bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial.

Vamos começar pelo ponto mais importante do filme: A atuação de Cillian Murphy. Ele brilha no papel do protagonista, segurando a maior parte das cenas de drama com seu olhar extremamente marcante e vazio, digno de quem está representando.

A atuação de Cillian é tão boa que acaba ofuscando boa parte do elenco, porém temos outros dois nomes que são importantes aqui: Robert Downey Jr e Emily Blunt, essa última com uma cena durante um “julgamento” que é de tirar o mais sincero sorriso das pessoas.

O visual é incrível, como esperado de Nolan. Tomadas longas e abertas nos dão dimensão de onde estamos. Em contraste disso, ele sempre gosta de dar zoom na cara do protagonista para deixar nossa relação com ele mais íntima de forma que possamos nos relacionar com todo o peso das decisões tomadas.

A trilha sonora não é inovadora, porém é impactante. Ludwig Goransson dá um show aqui com seus instrumentais de cordões em cenas que precisam de um toque para ficarem emocionantes e, às vezes, até angustiante.

Oppenheimer é um filme visualmente deslumbrante com uma parte técnica maravilhosa, um roteiro que se sustenta apesar das falhas claras com relação a desenvolvimento de personagem, mas que possui a cara do que a Academia do Oscar gosta. 

Oppenheimer estreia quinta-feira, 20, nos cinemas.

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