Críticas
Crítica | ‘Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo’ até se esforça, mas não passa de aceitável
![Turma da Mônica Jovem](https://nacaomultiversal.com.br/wp-content/uploads/2024/01/tmj-reflexos-do-medo.jpg)
Estreou na última quinta-feira (18) nos cinemas, o filme Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo, primeira adaptação para live action da série de mangás publicada por Maurício de Sousa a partir de 2008, mostrando as aventuras das versões adolescentes da turminha mais amada do Brasil. Prometido desde 2017, o filme passou por altos e baixos, trocas de equipe, até sair o resultado que tivemos no cinema. Mas, será que a espera valeu à pena?
Sinopse: No primeiro dia de aula do ensino médio, Mônica, Cebola, Magali, Cascão e Milena não demoram muito para perceber que as coisas no colégio andam estranhas. Quando descobrem que o Museu do Limoeiro será leiloado, decidem se unir em uma missão para tentar salvá-lo. Enquanto investigam o que está acontecendo, eles se deparam com segredos antigos e assustadores do bairro do Limoeiro e logo percebem que podem estar lidando com uma ameaça muito maior.
Começo a crítica adiantando que, diferente da grande maioria, não odiei Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo. É um filme que sim, é cheio de problemas, e eles vão desde a parte técnica quanto na atuação, mas isso será abordado mais à frente.
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo tem sim pontos positivos, e muito disso se dá ao elenco, ao menos a parte dele. Destaco aqui Bianca Paiva (Magali), Carolina Amaral (Denise) e Théo Salomão (Cascão), esse trio aqui brilhou muito, e o filme só se engrandecia em cada momento que eles apareciam. Carol Roberto, Giovanna Chaves e Mateus Solano também vão bem. Não poderia deixar também de falar do Xande Valois (Cebola) e do DC (Yuma Ono), sobre eles, não foram nem mal e nem bem, apenas entregaram o que o filme pedia, mesmo que em alguns momentos isso me incomodou, soando um pouco forçado.
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A premissa de Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo é muito interessante, e tinha tudo pra ser algo totalmente inovador no nosso cinema nacional, com algo mais voltado para o lado do terror, feitiços e bruxaria, seres sobrenaturais, mas o roteiro é fraco não desenvolvendo isso. Eles tinham um pote de ouro nas mãos e deixaram cair, com conveniências totalmente sem sentido. O motivo do vilão ser libertado é totalmente ridículo, uma conveniência de roteiro que acontece do nada, e ainda por cima com a que devia ser a protagonista, a Mônica de Sophia Valverde.
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E falando em Sophia Valverde, ela deixou bastante a desejar aqui como Mõnica, em vários momentos isso ficava bem notório. Tendo passado quase 5 anos interpretando Poliana, parece que a atriz pegou vários trejeitos da personagem, e isso transparece em tela, às vezes parecia que estava vendo um spin-off da personagem apenas com um nome e história diferentes.
Outro ponto negativo no filme é que, o destaque que o lado bruxa da Magali devia ter tido, ficou apenas na promessa, uma pena, visto que a atuação de Bianca Paiva é excelente. O pouco destaque, provavelmente se deve muito ao tom infantil do filme. Isso é um dos pontos que mais me decepcionou em Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo, o trailer prometia um tom bem mais sério, que apesar de acontecer, no geral foi deixado de lado, sendo bem mais infantil que as produções de quando os personagens eram crianças.
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Um ponto que pode ser positivo pra alguns e negativo pra outros é, esse filme parece ter sido feito para o fandom dos quadrinhos da Turma da Mônica Jovem. Aí você pergunta, isso não bom? Até certo ponto é, mas levando em conta que o objetivo é trazer um novo grupo de fãs, isso não funciona muito. Os dois últimos filmes: Laços (2019) e Lições (2021), mesmo já tendo uma legião de fãs de anos atrás, afinal todo mundo conhece Turma da Mônica, e ainda angariou uma nova geração.
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Tecnicamente, Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo peca bastante. Maurício Eça é um ótimo diretor, mas nesse filme ele errou a mão, cenas exageradas para no final não dar em nada, planos confusos onde mal se dava para entender o que acontecia, ou mesmo momentos em que parecia que o Bairro do Limoeiro era uma cidade grande, cheia de prédios. A direção mais cuidadosa de Daniel Rezende faz falta aqui, e mesmo com um orçamento menor, proporcionava cenas com uma fotografia lindíssima, e isso infelizmente não acontece aqui.
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Outro ponto que me incomodou foram as trilhas sonoras totalmente nada a ver com a cena, às vezes sugerindo tensão, o que ficava só na promessa, ou às vezes com músicas que não faziam o menor sentido. O que dizer da cena deles iniciando o primeiro dia de aula ao som de Tempo Perdido, de Legião Urbana? Uma ótima música, mas não casou absolutamente em nada com a cena.
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo não é um filme ruim, está num meio termo. Diverte em algumas cenas, e para a criançada é uma boa pedida sim. Mas não dá para ignorar os problemas básicos que o filme tem, e isso o faz decair muito. Com três sequências planejadas, torço para que a equipe ouça os fãs e o público e entregue algo melhor, do nível que o nosso cinema merece.
⭐⭐⭐
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo já está em cartaz nos cinemas.
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