Deadpool #1: Nova Vida de Mercenário

O início da série Deadpool de Cody Ziglar e Rogê Antonio. Definitivamente, um começo sólido para a série que Deadpool precisava desesperadamente, considerando o quão sem direção ele se sentiu como personagem.

Em Busca de Redenção

O começo da edição nos informa sobre coisas que aconteceram fora da tela: Deadpool terminou seu relacionamento e agora divide a tutela da Princesa, sua hiena simbionte, com sua ex-namorada, Valentine Vuong. Não há nada melhor para ocupar a mente e esquecer dos problemas do que voltar a ser um mercenário, correto? Deadpool decide voltar à ativa e aceita a missão de assassinar um cientista. Deadpool e Princesa estão dentro de um avião jumbo sobrevoando o Canadá para encontrar o local onde o cientista está escondido. A dinâmica entre Wade e Princesa é de pai e filha, com ela muitas vezes chamando Wade de “papai”.

Deadpool e Princesa em Ação

A dupla ataca a casa do cientista, com muitas mortes de capangas no estilo Deadpool. Os quadros são bem trabalhados, cheios de ação e diferentes mortes acontecendo, com uma pequena referência a Chainsaw Man que me arrancou uma gargalhada. A edição tem um humor muito bom; Cody Ziglar trabalha bem a forma como Deadpool se sente e como ele faz piadas para “esconder” esses sentimentos de autopiedade.

Deadpool encontra o cientista no fundo da casa, mas há uma surpresa: o cientista em questão é um mutante que pode abrir portais. Somos levados para uma perseguição no meio da cidade, que foi uma bagunça divertida. O cientista cai da moto, e no último momento para salvar sua vida, abre outro portal para fugir. Wade o segue novamente, mas quando chega ao local, o cientista já foi morto por uma figura misteriosa.

A Ascensão de um Novo Vilão

Somos apresentados ao que parece ser o novo antagonista desta run, Death’s Grip. Ele usa magia para enfrentar Deadpool e parece estar interessado em como Wade é imortal. Está disposto a enfrentá-lo para descobrir isso. É interessante esse novo vilão trazendo esse lado sobrenatural para a série do Deadpool. Não sabemos nada sobre ele, então vamos aguardar as próximas edições para mais informações.

Agente Gao entra em contato com Wade oferecendo um trabalho, o que nos fará ver um lado mais familiar e sobrenatural nesta run. Wade lidando com seu papel de pai de um simbionte e sua filha Ellie, com seus sentimentos e sua antiga vida de mercenário. Afinal, o que importa no momento é DINHEIRO.

O Brilho da Arte de Rogê Antônio e Guru-eFX

A arte de Rogê Antônio foi fantástica, combinando com a loucura que é o Deadpool: visceral, brutal e dinâmica. Foi excelente e funcionou bem com a escrita, transparecendo todos os momentos de quebra da quarta parede. Tudo foi muito bem executado. As cores do Guru-eFX também ajudam muito a HQ, trazendo uma sensação visceral, com os tons de vermelho aplicados de forma correta e os tons de azul nos portais.

Conclusão: Deadpool #1 Vol.10 (2024)

De cara, esta série faz uma escolha estranha ao lidar com o interesse amoroso de Wade da série anterior, que é feito fora do painel, sem nenhuma noção real do que aconteceu… ainda assim é uma decisão estranha para ser honesto. Mas, felizmente, parece que a Princesa vai ficar por aqui, o que é incrível. Ela foi a melhor parte da corrida anterior, para ser sincero. Voltar à rotina.

Esta edição é basicamente uma abordagem de “volta ao básico” para Deadpool, como evidenciado por sua relutância em voltar a ser um mercenário, ao mesmo tempo que oferece a Wade a chance de fechar negócios relativamente excelentes que funcionaram. Lidar com sua paternidade e sentimentos faz tudo mais interessante, e o humor estava na medida certa. Não foi nada difícil para Deadpool, foi um começo bem acertado. O ritmo tende a crescer com esse novo vilão acrescentando um lado sobrenatural para a história.

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