INVASÃO SECRETA tem começo tenso e alucinante

Nós assistimos aos 2 primeiros episódios de Invasão Secreta, próxima série da Marvel Studios que estreia no Disney+ nessa quarta-feira, 21. A produção é estrelada por Samuel L. Jackson, Olivia Colman, Ben Mendelsohn, Emilia Clarke, Martin Freeman, Don Cheadle, Cobie Smulders e Kingsley Ben-Adir.

Quando você assiste algo que te lembra outra coisa, seja pela trama, atores ou até mesmo o roteiro e direção, você fica com um pé atrás ou dois na frente com aquilo. Com Invasão Secreta, vemos uma série MUITO parecida com Capitão América: O Soldado Invernal, mas além disso, ela é mais sombria e tensa que o filme.

No decorrer desses dois episódios, a série conseguiu me deixar tenso a ponto de questionar o que poderia acontecer a seguir com cada personagem e o que eles seriam, e em outros momentos, me fez ficar na ponta da poltrona em cenas de tirar o folego, seja pela sua tensão, pela sua narrativa ou ação. E isso é MUITO BOM, pois define o interesse do público na situação.

Como foi dito durante a conferência de imprensa, o filme bebe muito de thrillers de espionagem do século passado como o que era feito nas décadas de 50 e 60. Sua trama de espionagem nesse meio heroico é um tanto diferente do que estamos acostumados. A narrativa é lenta, mas você percebe que é necessário para o desenvolvimento dela, até porque, não há necessidade alguma dela ser apressada. São seis episódios de aproximadamente uma hora, então há muito para trabalhar ao invés de perder tempo somente com lutinhas, mas é claro, também somos agraciados com ótimos momentos de ação em cenas muito bem coreografadas. Dito isso, Invasão Secreta é lenta e isso não impede a narrativa em momento algum, mas se você é o tipo de pessoa que não gosta, nem perca seu tempo, mas se tem curiosidade, veja, é muito bom neste início.

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Invasão Secreta é muito, mas muito pés no chão, ela não inventa nem faz malabarismos para se mostrar gigante, ela se mostra nas linhas de diálogos num roteiro sólido e muito bem escrito. Isso é louvável, visto alguns dos últimos lançamentos da Marvel. A direção é ótima, é capaz de colocar você ali dentro, é uma imersão gloriosa e extraordinária que é necessário sempre para as produções, mas pouquíssimas tem a proeza e personalidade de fazê-lo. Além de sua direção e roteiros ótimos, esses dois primeiros episódios apresentam uma fotografia excelente, fria e ao mesmo tempo explosiva. É singular. A trilha sonora de Invasão Secreta acompanha muito bem os momentos tensos no decorrer de ambos os episódios. Não diria que os efeitos deixam a desejar, até porquê muito pouco se vê, talvez algumas explosões (como é mostrado no trailer) é uma baixa, mas não é algo negativo a ponto de incomodar a experiencia de qualquer pessoa que veja a série. Já na parte das transformações dos Skrulls, não há defeitos, são feitos de forma simples, sem inventar ou até mesmo sem se equipar a modificação que é vista com a Mística dos X-Men da falecida Fox.

A trama que gira em torno de Nick Fury e dos Skrulls, não esconde outros personagens, e fica a destaque neste inicio de série é a Sonya de Olivia Colman, a agente do MI6 é ótima, tem um humor ácido de ponta e sim, Olivia rouba a cena. Ben Mendelsohn tem um grato destaque nesse início, principalmente quando está interagindo com Nick. A química da dupla é excelente. Cobie Smulders tem muito tempo de tela, talvez até mais que a soma de suas cenas nos filmes, e ela vai muito bem, Maria Hill é uma ótima personagem e ela está envolvida em uma elegante cena de ação. Já a G’iah de Emilia Clarke trás consigo todo um peso de uma vida Skrull de lutas e brigas familiares. Emilia reflete muito bem as dores e pesos que sua personagem carrega, e no decorrer desses episódios, entendemos mais ainda ela e compreendemos suas dores. No caso de Gravik interpretado pelo excelente Kingsley Ben-Adir, ele é revoltado, ele quer a todo custo seu povo neste mundo, e não medirá esforços para tal, ele é impiedoso, não importo o que ou quem esteja em seu caminho, ele passará por cima para completar seus objetivos.

Outro ponto absurdo de bom desses primeiros episódios é a forma na qual o roteiro brinca conosco sobre quem é ou não um Skrull e humano, fazendo-nos questionar sobre qualquer um que apareça em tela. Em dado momento, fiquei paranoico sobre dois personagens, pois fica em aberto se eles são quem dizem ser ou se não são. Confuso, né? É assim que essa série brinca conosco, e é uma ótima forma de trazer seu público para dentro de sua narrativa como um experimento no qual testasse nossas capacidades de confiança, pois é nisso que a série trabalha, sobre em quem confiar, sobre se devemos realmente confiar em alguém ou se esse alguém não é quem pensamos.

Por mais que eu tenha visto apenas dois episódios, Invasão Secreta me ganhou fácil por seu tipo de trama que é diferente do que o MCU nos entregou até agora, e, por mais que seja um thriller de espionagem, sua maneira de brincar com o público é admirável.

Invasão Secreta estreia nessa quarta-feira, 21, no Disney+.

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