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Crítica | Planeta dos Macacos: O Reinado (2024)

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Planeta dos Macacos

Uma das maiores franquias dos últimos tempos está voltando depois do encerramento de uma recente trilogia de sucesso com a expectativa de uma nova visão e de um novo capítulo nesse mundo tão vasto e interessante. Com novos personagens e a missão de continuar a história do lendário César, o novo filme de Planeta dos Macacos é tão épico como os outros.

Em Planeta dos Macacos: O Reinado acompanhamos a história de Noa (Owen Teague), membro do Clã das Águias, um grupo de macacos que tem como sua principal característica a criação desses animais alados para ajudar também na alimentação, pois as águias pescam com a ordem de seus “mestres”. Noa é filho do chefe do clã, então a pressão no mesmo para seguir os passos do pai é grande, ter essa ligação com uma águia é fundamental para todos do clã.

Mas ele não está sozinho, Noa conta com seus dois amigos: Anaya (Travis Jeffery) e Soona (Lydia Peckham). Os três juntos são a nova geração daquele clã e estão dispostos a levar o legado adiante. Em um dia aonde os três estão escalando para conseguir novos ovos de águias, o trio acaba cruzando o caminho com uma humana, no qual o clã dele chama de Ecos. Isso desperta a curiosidade de Noa sobre o passado entre humanos e macacos, a relação e o que de fato aconteceu.

Nesse mesmo dia, a aldeia de Noa é atacada por alguns soldados que parecem ser de outro clã. O ataque acaba destruindo completamente a aldeia e somente Noa é deixado para trás, com todo o resto sendo feitos prisioneiros. O mais interessante de toda esta cena inicial é que os soldados faziam tudo aquilo “em nome de César”, mas quem conhece a trilogia anterior sabe que esse tipo de atitude não condiz com quem ele era ou pensava.

Para recuperar as pessoas de seu clã, Noa inicia uma jornada seguindo os rastros dos soldados enquanto acaba cruzando com o caminho de um orangotango chamado Raka (Peter Macon). Esse ajuda Noa a entender quem realmente foi César e os fundamentos que o mesmo pregava quando era o grande líder dos macacos, desde a formação do primeiro clã até a grande guerra contra os humanos. Com o passar da jornada, podemos ver como a admiração de Noa por César crescia e Raka também sabia disso, querendo passar todo o seu conhecimento.

Noa e Raka acabam conhecendo Mae (Freya Allan), a humana que havia cruzado o caminho do protagonista antes da aldeia do mesmo ser completamente destruída. Raka ensina a Noa como são os humanos de atualmente, que após a pandemia viral o que aconteceu com os macacos foi o oposto do que aconteceu com a humanidade, sendo assim, perdendo a capacidade de falar quase que totalmente.

Todo esse momento entre esse novo trio que está em tela é muito bem balanceado, com relevações sobre o que realmente aconteceu e para onde a história está se encaminhando. O filme dá uma leve queda no ritmo para ter diálogos que realmente irão impactar na história, deixando a ação um pouco mais de lado para focar no relacionamento deste novo trio ali em tela. Isso não necessariamente é um ponto negativo, já que graças a esse tempo é que passamos a nos importar com Raka e Mae ao longo da história.

A jornada nos leva ao litoral, aonde está o reino de um macaco chamado Proximus César. Ele acredita estar seguindo tudo que o antigo protagonista da franquia acreditava e queria, porém é o completo oposto. Sua missão naquela praia é abrir um cofre aonde dizem estar todo o poderio americano antes da pandemia viral. Com a aparição do verdadeiro vilão, o filme volta a ganhar um fôlego imenso, colocando Proximus contra Noa, mesmo que aos poucos já que Noa está ali para resgatar sua família e também como prisioneiro.

O filme em si nos dá paisagens maravilhosas, que são novas na franquia e outras que remetem ao clássico Planeta dos Macacos de 1968. Qualquer semelhança não é mera coincidência, afinal tem mais do que apenas paisagens “parecidas”. Tanto o diretor, Wes Ball, como os roteiristas fizeram muito bem em criar paralelos com o primeiro filme da franquia ao mesmo tempo que trouxeram algo novo.

Em questão de atuação, o destaque maior é para Freya Allan, que faz a Mae, pois é a única que realmente podemos ver suas feições com mais clareza. Os outros atores usam mais a captura de movimento e a voz, e nesse quesito convencem de que fizeram realmente um ótimo trabalho. Os efeitos visuais do filme estão ótimos, para quem se preocupa com isso devido a alguns filmes recentes que não capricharam nesse quesito, é o extremo oposto aqui em Planeta dos Macacos: O Reinado.

No final das contas, o novo Planeta dos Macacos é um filme que não só consegue atingir o legado que foi deixado como também começar a construir um novo, trazendo personagens interessantes e quem tem potencial para marcarem seus nomes, tão quanto César foi importante para a franquia.

Avaliação: 4 de 5.

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