Connect with us

Críticas

Crítica | ‘Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo’ até se esforça, mas não passa de aceitável 

Published

on

Turma da Mônica Jovem

Estreou na última quinta-feira (18) nos cinemas, o filme Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo, primeira adaptação para live action da série de mangás publicada por Maurício de Sousa a partir de 2008, mostrando as aventuras das versões adolescentes da turminha mais amada do Brasil. Prometido desde 2017, o filme passou por altos e baixos, trocas de equipe, até sair o resultado que tivemos no cinema. Mas, será que a espera valeu à pena?

Sinopse: No primeiro dia de aula do ensino médio, Mônica, Cebola, Magali, Cascão e Milena não demoram muito para perceber que as coisas no colégio andam estranhas. Quando descobrem que o Museu do Limoeiro será leiloado, decidem se unir em uma missão para tentar salvá-lo. Enquanto investigam o que está acontecendo, eles se deparam com segredos antigos e assustadores do bairro do Limoeiro e logo percebem que podem estar lidando com uma ameaça muito maior.


Começo a crítica adiantando que, diferente da grande maioria, não odiei Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo. É um filme que sim, é cheio de problemas, e eles vão desde a parte técnica quanto na atuação, mas isso será abordado mais à frente.

Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo tem sim pontos positivos, e muito disso se dá ao elenco, ao menos a parte dele. Destaco aqui Bianca Paiva (Magali), Carolina Amaral (Denise) e Théo Salomão (Cascão), esse trio aqui brilhou muito, e o filme só se engrandecia em cada momento que eles apareciam. Carol Roberto, Giovanna Chaves e Mateus Solano também vão bem. Não poderia deixar também de falar do Xande Valois (Cebola) e do DC (Yuma Ono), sobre eles, não foram nem mal e nem bem, apenas entregaram o que o filme pedia, mesmo que em alguns momentos isso me incomodou, soando um pouco forçado.


A premissa de Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo é muito interessante, e tinha tudo pra ser algo totalmente inovador no nosso cinema nacional, com algo mais voltado para o lado do terror, feitiços e bruxaria, seres sobrenaturais, mas o roteiro é fraco não desenvolvendo isso. Eles tinham um pote de ouro nas mãos e deixaram cair, com conveniências totalmente sem sentido. O motivo do vilão ser libertado é totalmente ridículo, uma conveniência de roteiro que acontece do nada, e ainda por cima com a que devia ser a protagonista, a Mônica de Sophia Valverde.


E falando em Sophia Valverde, ela deixou bastante a desejar aqui como Mõnica, em vários momentos isso ficava bem notório. Tendo passado quase 5 anos interpretando Poliana, parece que a atriz pegou vários trejeitos da personagem, e isso transparece em tela, às vezes parecia que estava vendo um spin-off da personagem apenas com um nome e história diferentes.

Outro ponto negativo no filme é que, o destaque que o lado bruxa da Magali devia ter tido, ficou apenas na promessa, uma pena, visto que a atuação de Bianca Paiva é excelente. O pouco destaque, provavelmente se deve muito ao tom infantil do filme. Isso é um dos pontos que mais me decepcionou em Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo, o trailer prometia um tom bem mais sério, que apesar de acontecer, no geral foi deixado de lado, sendo bem mais infantil que as produções de quando os personagens eram crianças. 


Um ponto que pode ser positivo pra alguns e negativo pra outros é, esse filme parece ter sido feito para o fandom dos quadrinhos da Turma da Mônica Jovem. Aí você pergunta, isso não bom? Até certo ponto é, mas levando em conta que o objetivo é trazer um novo grupo de fãs, isso não funciona muito. Os dois últimos filmes: Laços (2019) e Lições (2021), mesmo já tendo uma legião de fãs de anos atrás, afinal todo mundo conhece Turma da Mônica, e ainda angariou uma nova geração.


Tecnicamente, Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo peca bastante. Maurício Eça é um ótimo diretor, mas nesse filme ele errou a mão, cenas exageradas para no final não dar em nada, planos confusos onde mal se dava para entender o que acontecia, ou mesmo momentos em que parecia que o Bairro do Limoeiro era uma cidade grande, cheia de prédios. A direção mais cuidadosa de Daniel Rezende faz falta aqui, e mesmo com um orçamento menor, proporcionava cenas com uma fotografia lindíssima, e isso infelizmente não acontece aqui.


Outro ponto que me incomodou foram as trilhas sonoras totalmente nada a ver com a cena, às vezes sugerindo tensão, o que ficava só na promessa, ou às vezes com músicas que não faziam o menor sentido. O que dizer da cena deles iniciando o primeiro dia de aula ao som de Tempo Perdido, de Legião Urbana? Uma ótima música, mas não casou absolutamente em nada com a cena. 


Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo não é um filme ruim, está num meio termo. Diverte em algumas cenas, e para a criançada é uma boa pedida sim. Mas não dá para ignorar os problemas básicos que o filme tem, e isso o faz decair muito. Com três sequências planejadas, torço para que a equipe ouça os fãs e o público e entregue algo melhor, do nível que o nosso cinema merece.

⭐⭐⭐

Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo já está em cartaz nos cinemas.

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
100 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %
2 Comments

2 Comments

  1. Pingback: Crítica | Regina George vai fazer o mundo queimar com...

  2. Pingback: Crítica | ‘Fazendo Meu Filme’ é uma ótima adaptação e reafirma talento de Bela Fernandes | Nação Multiversal

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.