Crítica | Aquaman 2: O Reino Perdido

A sequência de um filme que fez mais de US$1 bilhão na bilheteria é sempre muito aguardada, mas quando você tem tantas polêmicas por trás de um estúdio que claramente não sabia o que estava fazendo, eis aqui o resultado: Um filme bagunçado e com piadas desgastantes, porém com boas cenas de ação e um diretor competente pra tirar o melhor do elenco.

Sinopse: Um antigo poder é libertado e o herói Aquaman precisa fazer um perigoso acordo com um aliado improvável para proteger Atlântida e o mundo de uma devastação irreversível.

Este segundo filme tem o mesmo senso de aventura que o primeiro, então é sim um filme bastante divertido com momentos bem leves e também com muita ação. Este não é um ponto a ser desconsiderado aqui: A ação do filme. Ele tem sim seus momentos de calma mas é um filme que não gosta muito de estar “parado”. Principalmente por causa do protagonista, Aquaman.

Jason Momoa está super confortável no papel, o que era de se esperar. Ele comprou bem a ideia e já o transformou numa versão de si mesmo, só que sendo um herói da DC. Como personagem, Aquaman segue sendo uma pessoa com um visual e presença imponente. Em alguns momentos do filme sua capacidade de superar limites é testada, tendo que infelizmente apelar para um roteiro que salva o protagonista mais de uma vez.

Outros personagens tem destaque aqui é o Orm, irmão do Aquaman. Patrick Wilson também se sente a vontade aqui e mostra um lado do Mestre dos Oceanos que não tinhamos visto ainda. Mera, interpretada por Amber Heard, também tem seus momentos, principalmente no primeiro e no terceiro ato, sempre com seus poderes belíssimos de manipulação da água.

O roteiro, fora as facilitações, não é de inventar muito. Vai aonde quer sem perder tempo, nos colocando numa montanha russa de ação e calma, intercalando a quase todo o tempo. O ponto negativo daqui é a edição. Existem vários tipos de cortes no filme, deixando visível o quanto esse filme recebeu cortes e foi mudado diversas vezes, prejudicando no andamento da história.

Outro ponto negativo é o vilão. E não, não é o Arraia Negra. Pra quem achou que o grande vilão de Aquaman 2 seria seu arqui-inimigo, vão se decepcionar. Como no primeiro filme, o Arraia é apenas uma massa de manobra para o real vilão, Kordax. Apesar de ser realmente um inimigo do Aquaman das HQs, o vilão aqui do filme é completamente da sua versão em quadrinhos ficando mais ameaçador, porém o filme não consegue lidar com a ameaça real, já que ele é facilmente derrotado.

Aquaman 2 – O Reino Perdido é o último filme do DCEU nos cinemas, colocando assim um ponto final em um universo que começou lá em 2013 com O Homem de Aço. Depois de altos e baixos, chegou definitivamente a hora de algo novo, pois o que tínhamos ficou completamente ultrapassado.

Sabendo disso, ele tenta ser maior do que precisava ser, aumentando a importância de um vilão que não tem muito espaço em outra mídia e deixando de lado um dos maiores personagens da galeria de vilões do Aquaman. Com um roteiro pouco inspirado e um filme prejudicado por refilmagens, infelizmente será assim que nos despedimos do DCEU.

Aquaman 2 já está em exibição nos cinemas.