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Crítica | Digimon Adventure 02: The Beginning – O verdadeiro elo é entre dois corações

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Digimon

A saga de Digimon é bem longa e com várias versões. Na década passada fomos apresentados à Digimon Adventure Tri, que focada nos personagens da primeira temporada mais velhos e enfrentando um inimigo inédito. Já neste filme, os protagonistas da segunda geração enfrentam um inimigo que não é um ser digital, mas algo interno que todo ser humano tem uma vez na vida: A falta de diálogo para resolver problemas.

Tudo começa quando, misteriosamente, uma Digitama surge no céu acima da Torre de Tóquio. Dela. Os nossos digiescolhidos Davis, Ken, Yolei, Kari, TK e Cody avisam aquele raro acontecimento e de quebra, um humano subindo a torre sem nenhuma proteção, é aí que eles conhecem o misterioso Lui Ohwada.

E é ao redor de Lui que a história gira. Um garoto que sofreu toda a sua infância, primeiramente com sua mãe, na qual vivia uma relação extremamente conturbada e agressiva, com o garoto tendo apenas 4 anos, e no meio dessas agressividades, ele conheceu seu amigo Ukkomon, um digimon capaz de realizar os pedidos.

Porém, a relação de Ukkomon e Lui vai na contramão daquilo que os fãs estão acostumados a ver, amor, carinho, afeto e parceria. A dupla não conversava entre si, não colocaram seus problemas na mesa e foi aí que tudo desandou. Lui perdeu tudo com a ambição e sede insaciável de proteção de Ukkomon e o digimon perdeu seu escolhido, tudo isso desencadeou uma ação sem precedentes.

Anos no futuro, agora um adulto Lui e com um tapa olho no melhor estilo Nick Fury da Marvel, lutava para ter seu amigo de volta, mas de toda a luta, a controvérsia do diálogo e a falta de querer sobre o outro, dificultou tudo, até o momento em que Ukkomon idealizou seus desejos.

Agora, uma fração da humanidade com digimons, corria o risco de que tudo ao seu redor pudesse desmoronar com as atitudes de Ukkomon, e é aí que entra o elo, aquilo que não une as pessoas por anéis ou os digimons e digiescolhidos por um digivice, é o elo do coração, do amor, do carinho, do afeto e da importância de ser ter com o outro, se preocupar e saber do querer e não querer do outro, é sobre olhar além dos olhos e entender mais do que palavrão numa relação afetuosa.

É o que ‘The Beginning’ propõe, e faz isso de maneira delicada, pesada e lucida, ciente de que está mostrando um ponto comum na humanidade ao menos uma vez na vida, em você, em mim, em todos, todos nós; a Falta de compreensão e de diálogo com quem amamos.

No fim, todos os desejos da vida são luz ou escuridão, todas as relações de amizade, casal e digiescolhidos com seu digimonstrinhos, são sobre entender o outro lado, compreender e ouvir, e ‘The Beginning’ deu uma aula sobre isso com seu drama, sua diversão, sua seriedade.

Digimon Adventure 02: The Beginning não é superior que seu antecessor, “Last Evolution Kizuna”, mas consegue entregar uma trama simples com um tema importante, e mesmo com um roteiro simples, o filme é convidativo aos fãs.

Avaliação: 4 de 5.

A estreia de Digimon Adventure 02: The Beginning acontece nos cinemas do Brasil a partir de novembro.

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