Críticas
Review | “Monarch: Legacy Of Monsters” Ep.9: a descoberta de um novo mundo
Até agora separadas, a narrativa do passado cresce até encontrar linha tênue com a do presente em novo episódio de “Monarch: Legacy Of Monsters”
![Lee Shaw e May tentam sobreviver no mudo dos monstros em novo episódio de "Monarch"](https://nacaomultiversal.com.br/wp-content/uploads/2024/01/capa09.jpg)
“Queríamos demonstrar a maneira pela qual nossos ancestrais impactam nossa vida”, afirmou Tory Tunnell, produtora executiva de Monarch: Legacy Of Monsters em entrevista. Aspecto notável no decorrer da trama, ele é ainda mais evidente em “Axis Mundi”, penúltimo capítulo da série, que chega hoje (5) à Apple TV+. Centrado na figura de Lee Shaw (Kurt Russell), o episódio revela os acontecimentos após o acidente envolvendo a Dra. Keiko Randa (Mari Yamamoto) que impactam na trajetória de Cate (Anna Sawai), May (Kiersey Clemons) e Kentaro (Ren Watabe).
Como visto na última semana, o trio protagonista decide se aliar à representantes da Monarch para estabelecer uma ponte de diálogo com Shaw e compreender seu plano enquanto seguem à procura de Hiroshi Randa (Takehiro Hira). No entanto, seu posicionamento é diferente quando comparado às primeiras interações com a organização e os irmãos Randa passam a assumir o controle da narrativa e fazer suas exigências até o encontro com o oficial do exército, cujo desfecho foi inquietante e deixou dúvidas sobre o futuro dos personagens.
Com a ausência de Keiko, Lee Shaw e Bill Randa ficam responsáveis pela criação de Hiroshi e a relação entre os três até a atualidade é explorada no episódio. Imagem: Reprodução/ Apple TV+
O atual episódio segue dividido em três núcleos: o dos anos 1950 e o presente, segmentado em duas partes. No primeiro, é mostrado como Lee Shaw (Wyatt Russell) e Bill Randa (Anders Holm) seguiram após o acidente envolvendo Keiko, dando continuidade às pesquisas acerca de Godzilla e cuidando de Hiroshi Randa ainda criança. Por meio de uma das expedições surgem descobertas importantes para a compreensão dos acontecimentos que envolvem os personagens no presente.
No que diz respeito à outra temporalidade, a separação em duas linhas narrativas se dá em consonância à trajetória dos protagonistas após o acidente. De um lado, Cate, May e Shaw caem em outra dimensão após o acidente no Cazaquistão e tentam se encontrar para permanecer unidos e tentar sobreviver no local cujas origens e fenômenos são desconhecidos. Do outro, Kentaro permaneceu na realidade em que a trama se passa desde o início e, portanto, é considerado o único sobrevivente. Assim, ele tem destaque maior do que em outros capítulos, tendo que lidar com o luto, superar traumas e decidir se dará continuidade ou não à missão que começou com a irmã.
Apesar de trazerem desdobramentos importantes e carregarem uma das maiores reviravoltas da série, os núcleos do presente perdem tempo de tela para a narrativa que se passa na década de 1950, que é mais desenvolvida e traz uma maior quantidade de informações importantes. “Axis Mundi” é o penúltimo episódio da série e a encaminha para o fim com dignidade, mantendo o suspense e, ao mesmo tempo, dando o suporte necessário para que não restem pontas soltas no encerramento.
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