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Review | Avatar – O Último Mestre do Ar

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Avatar

É um consenso que Avatar: A Lenda de Aang é um dos desenhos mais importantes já criados na história da animação televisiva e uma adaptação é sempre cogitada devido a importância da obra. Dessa vez, a Netflix se arriscou com uma série adaptando o primeiro livro, será que o resultado foi positivo?

Nesta nova adaptação já podemos ver que tem coisas bem diferentes da animação, tramas que nunca se encontraram no desenho que aqui a série dá um jeito de entrelaçar e, por incrível que pareça, funciona de uma boa forma. Um ótimo exemplo é a história do Jato se passar em Omashu, algo bem diferente do que já conhecíamos de Avatar.

E vamos ao que interessa, o trio principal realmente funciona? A resposta é sim! Os três tem carisma e um jeito cativante quando estão em tela. Gordon Cormier como Aang mostra que, mesmo com o peso de ser o Avatar, ele consegue ser inocente e se divertir como uma criança naquele mundo fantástico. Kiawentiio Tarbell como Katara está bem no papel e entende que a personagem precisa ser o balanço moral de Aang, sempre o puxando pra realidade. Ian Ousley como Sokka é o melhor do trio, conseguiu manter o espírito do personagem da animação além de adicionar toques de humor.

Mas o destaque da série fica na presença de Dallas Liu como o príncipe da nação do fogo, Zuko. A interação entre ele e o “Tio” Iroh (Paul Sun-Hyung Lee) é uma das tramas principais de todo o desenho e aqui na série eles dão o destaque que essa dupla precisa, com as tiradas excelentes de Iroh com relação a vida. Tudo fica ainda mais profundo quando é mostrado o porque eles dois tem uma conexão tão forte depois da morte do filho do Iroh, Lu Ten.

A criação de mundo é algo que impressiona. Desde os trailers já tínhamos ideia de que o mundo de Avatar é algo rico, seja em detalhes ou em mitologia, e aqui na série eles fazem questão de mostrar isso com planos bem abertos das cidades e locais, seja Omashu ou da Ilha Meia-Lua. Outra coisa que está muito bem feita é a dobra dos elementos. Todos os quatro estão muito bem representados, a série já começa mostrando dobradores de fogo lutando contra um de terra, e a forma como o dobrador de terra usa o solo para se defender e atacar é algo muito diferente do filme de 2010.

Como nem tudo é perfeito, a série de Avatar acaba pecando em outras coisas, como por exemplo o ritmo em alguns episódios que se torna um pouco lento quando não precisava e poderiam ser trocados por momentos mais relevantes. Algo que tiraram da série foi o Aang aprendendo a dobra de água junto com a Katara durante a jornada e também quando chegam da Tribo da Água do Norte, esses momentos eram essenciais para a construção de personalidade dos protagonistas e foi algo escanteado sem nenhum motivo aparente.

Avatar: O Último Mestre do Ar nos mostra que tem certas animações que jamais serão substituídas pelo live-action, apesar disso nos faz ver um lado completamente novo do material original que tanto amamos, colocando-o em uma outra perspectiva e tirando novas lições.

Avaliação: 3.5 de 5.

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