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Crítica | The Marvels: Mais divertido, mais expansão para o MCU e mais um roteiro fraco

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The Marvels

Desde que ‘The Marvels‘ foi anunciado, muito se questionava para onde o filme levaria a Capitã Marvel, que agora, após um pedido explicito de Brie Larson para uma equipe, é formado por Ms. Marvel de Kamala Khan e Monica Rambeau, além da própria Carol Danvers.

Em ‘The Marvels’, somos jogados de cara numa vilã que, lá na frente, você verá que não ‘fede, nem cheira’, mas que inicialmente parece ser temível. Não é. Supremor Dar-Benn é estrelada por Zawe Ahston, e o fato de a personagem ser completamente ruim, não é por culpa da atriz, muito longe disso, muito longe disso, mas sim de um roteiro mequetrefe – para não escrever palavras piores. Logo mais voltarei nessa parte, vamos ao que de fato é bom no filme.

A Capitã Marvel de Brie Larson em ‘The Marvels’ é bem diferente do primeiro filme. Brie sabe entregar a essência da Carol. O que vimos em ‘Captain Marvel’ é a Carol e o que vimos em ‘The Marvels’ é a Carol. Trabalhar personagens tridimensionais não deve ser uma tarefa difícil, mas simplifica quando você conhece os quadrinhos dela e vê que o que está na telona é exatamente o mesmo que está nos quadrinhos. Brie é uma atriz formidável e consagrada, vencedora do Oscar e sempre brilha no que faz e nada é capaz de diminuir esse brilho.

Indo para um “passado presente” de Carol, chegamos a Monica Rambeau de Teyonah Parris. Para ir direto, Monica é bem usada em ‘The Marvels’, melhor do que foi em Wandavision. É de se entender, afinal, a série não era nada sobre ela, ela estava ali para ganhar seus poderes e proteger as pessoas. Já em ‘The Marvels’, podemos ver uma Capitã Rambeau muito mais forte, habilidosa e madura, mas ressentida com o fato de Carol nunca ter voltado, e é aí que vamos além.

‘The Marvels’ é um filme que, mesmos com sua diversão ali escancarada, excelentes cenas de ação e uma boa direção que fica refém de um roteiro médio, mas que trabalha bem a relação de Carol e Mônica. Somos teletransportados para a relação inconclusiva das duas, com diversos pontos nos ‘is’ para serem colocados em um período curto, que, rapidamente, completa a relação das duas tornando-a saudável, mas deixando a sensação de que algo está faltando. A troca de poderes das três protagonistas é muito rapidamente explicada, se você perder o foco por alguns segundos, não vai entender o porquê, mas mais tarde, com toda uma explicação cientifica e quântica de Monica e Fury, somos capazes de entender diversas questões sobre o filme e a trama.

Em um filme com três protagonistas, é inegável que uma pessoa poderia se destacar, mas neste caso aqui, não é apenas um destaque, é um assalto de cena sempre que aparece. Iman Vellani como Ms. Marvel/Kamala Khan, serve um dos melhores papéis do MCU. Durante boa parte do filme, a impressão que dá é que o longa é dela. Sim, Kamala brilha, brilha muito mais que seus poderes de luz. Enche os olhos ver ela sendo tão fã de Carol e, ao mesmo tempo, uma heroína. Essa balança que ela se obriga a estar para equilibrar, mas não adianta nada, nenhum fã árdua como Khan fica quieta quando está tão perto do seu ídolo. A relação de Kamala e Carol é um ponto multo alto no filme.

O desenvolvimento delas em conjunto é maravilhoso, de encher os olhos e, acima de tudo, uma construção de afeto sólida, formada por confiança, amor e ensinamentos.

Até mesmo Nick Fury do saudoso, Samuel L. Jackson, tem um certo destaque, tal qual Goose e sua ninhada, Park Seo-Joon como o Príncipe Yan e a maravilhosa e divertidíssima família de Kamala Khan.

1 / 6

Mas nem só de um trio formidável se sustenta um filme. Nem mesmo a boa direção de Nia DaCosta, tão pouco as ótimas cenas de ação. Nia não brincou quando disse que usou as inspirações de animes para as lutas, porém, o roteiro é um desastre. Ele fornece um filme divertido, mas se perde totalmente na trama, deixando a experiência mais árdua e um filme de 1h49m, mais fraco, mais cansativo em mais um roteiro mediano do MCU. Na verdade, esse tá abaixo de um mediano.

De fato, ‘The Marvels’ tá longe de ser um desastroso ‘Thor: Amor e Trovão’ e um catastrófico ‘Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania’ (talvez seja até por causa desses dois filmes que o marketing de As Marvels foi uma completa porcaria, mas eu seria burro se aceitasse essa desculpa esfarrapada. Quase nada se investiu, mas é claro, não foi por esse motivo e se você, caro leitor, usar a cabeça direitinho, pensará o porquê um marketing tão qualquer coisa para um filme de três mulheres protagonistas). Apesar dessa falha de roteiro que já se tornou padrão da Marvel Studios, que, com certeza se fosse bem escrito, esse filme seria ótimo, mas com isso, é apenas bom, divertido e com algumas pitadas emocionais.

The Marvels‘ está longe de ser uma hipérbole cinematográfica no MCU, mas está há multiversos de distância de ser algo ruim.

Avaliação: 3 de 5.

THE MARVELS ESTÁ EM EXIBIÇÃO NOS CINEMAS DO BRASIL.

2 Comments

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