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Crítica | Rebel Moon: A Menina de Fogo – É um amontoado pobre de ideias frias e sem fundamentos

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Rebel Moon

A Netflix abriu o bolso para Zack Snyder após o sucesso do terrível ‘Army of the Dead‘, provando que o diretor não precisa fazer bons filmes para ser algum sucesso, e com Rebel Moon não é diferente.

Confira o trailer de Rebel Moon: A Menina de Fogo – Parte 1.

De fato, Rebel Moon tem pontos positivos, mas é aqueles bons pontos que dá para você contar em alguns dedos de apenas uma mão, e se houvesse mais um esforço nem uma mão teria. Rebel Moon não é um espetáculo em nada do que se propôr, é até questionável, como um diretor guiado por seus fãs como Zack é, consegue fazer boas cenas de ação e um filme inteiro de mais de 120 minutos desnecessários e sem vida? Fica aí o questionamento.

Em Rebel Moon vemos um elenco estrelado, com gente realmente incrível na atuação, mas nem isso salva um roteiro peneira, fraco e deplorável. O filme segue a história de uma misteriosa forasteira que vive em um vilarejo que acaba por ser atacado e tomado pelos soldados do Mundo-Mãe – uma espécie de Império de Star Wars, e após isso, ela parte em busca de guerreiros pelo universo para combater o regime tirânico que é imposto – sim, é como um “Vingadores” ou até mesmo uma Liga da Justiça. E é o que esse filme passa, uma espécie de Liga da Justiça que Zack Snyder não conseguiu de fato fazer, e parece que nem se tivesse conseguido, teria feito.

O roteiro é catastrófico, péssimo, é um amontoado de boas ideias com uma conclusão tão ruim quando a escrita do próprio roteiro, e Claro, quem é fã ferrenho do Snyder não vai se importar com nada de ruim desse filme. A história não tem nenhuma profundidade, não tem nenhum momento narrativo que te surpreenda, não há um plot twist que te faça saltar da cadeira e inclinar-se para a ponta da mesma, é tudo tão clichê, não a mesma coisa, tão qualquer coisa, isso sem contar a questão visual, que é como se você tivesse naves de brinquedo, pegasse aquele barro bem marrom e usasse seu resíduo que sobrou no ar e brincasse por ali, e até pra chamar Rebel Moon de brincadeira, fica péssimo.

A direção é pífia, parece que Snyder está cansado, mas não completamente, já que, mesmo com uma direção super fraca, uso exagerado do slow motion até em cenas que não tem necessidade nenhuma de tê-las, ele mandou muito bem nas cenas de ação, onde é um dos dois pontos fortes desse filme. Qual o outro ponto? Bom, Snyder desenvolveu tanto o vilão e a protagonista de Rebel Moon, que esqueceu todos os outros personagens do longa.

Trabalhar o desenvolvimento do vilão e atrelar ele ao desenvolvimento da protagonista, foi um ótimo acerto do Zack Snyder em Rebel Moon. Sofia Bautella e Ed Skrein foram incríveis, entregaram tudo o que ninguém entregou no filme inteiro, e isso não é culpa dos outros atores e sim do roteiro medíocre, como já disse, é péssimo, sem fundamentação, sem aprofundamento, sem narrativa, não trabalha de forma alguma os outros personagens, só os insere e os joga de lado e segue o filme como se nada tivesse acontecido e ninguém tivesse sido recrutado.

A questão que fica é: Zack tem tempo para se reinventar ou ele sabe de seus erros e sabe que seus fãs vão o acompanhar independente de tudo como se fosse uma diva pop? De fato, é óbvio dizer que Snyder precisa desesperadamente estudar mais roteiro, quase todos os seus filmes os roteiros são abaixo do mediano. Rever seus conceitos, aprender com os erros, se aposentar ou continuar errando. Não há muitas saídas para Snyder, mas uma coisa é certa: Ele tem uma boa mente, mas não consegue colocar em prática as suas ideias, e o que acaba entregando é como fez com Rebel Moon, um filme ruim, com 2 pontos bons e o resto péssimo, como dizem os modinhas do Twitter/X: um filme esquecível.

Avaliação: 1 de 5.

Rebel Moon: A Menina de Fogo – Parte 1 estreia em 21 de dezembro na Netflix.

2 Comments

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