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CRÍTICA | Rebel Moon – Parte 2 é menos pior que o seu antecessor

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Rebel Moon

A sequência de ‘Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo’, ‘A Marcadora de Cicatrizes’ repete quase todos os erros do primeiro, mas consegue ser melhor, na verdade, menos pior que seu antecessor. Talvez seja repetitivo falar o quão Zack Snyder estraga histórias que poderiam ser boas se fossem feitas da maneira correta, mas neste filme, ele, milagrosamente, consegue alguns acertos.

Confira o trailer de ‘Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes’

Do lado de atuações, não há o que reclamar. São tão boas quanto as do primeiro filme. Mas é claro que isso está direcionado a apenas dois personagens: Kora, de Sofia Boutella e Atticus Noble de Ed Skrein. E neste caso, chega até ser vergonhoso você ter bons nomes em seu elenco, mas eles não conseguirem melhorar o que leem no roteiro. Sim, novamente o roteiro aqui é extremamente preguiçoso, fraco e ridículo em vários momentos.

Se entrar no mérito de direção, aí o nível desce, já que não existe mérito algum em uma direção tão patética quanto desses dois filmes de Rebel Moon, mas sendo nesse segundo, menos pior que o primeiro. Além do que, há boas cenas de ação, bem coreografas e de tirar o fôlego, mas que você volta a respirar rapidamente por conta da lentidão da cena. Exatamente, há boas cenas estragadas pelo vício desprezível de Zack Snyder em câmeras lentas, o que, muitas das vezes, estraga a experiência de uma sequência de batalha com o achismo estarrecedor de achar que está sendo épico. O slow motion nestes casos, se bem utilizado, fica bom, mas se utilizado a cada momento, fica raso, morto.

Zack Snyder é como a sobrinha e sua direção é como o tio: já morreu, mas a sobrinha continua ali, insistindo para tentar se beneficiar, e é claro que deu errado, no caso de Snyder, deu errado novamente. Mas pelas cifras e, neste caso, a sua “igreja” de fãs, e um streaming corajoso em gastar dinheiro com suas alucinações, ele acaba lançando mais filmes e continuará, já que seu “fandom”, algumas vezes apontados como robóticos, também são pessoas com certa coragem, acabam engajando e aumentando as cifras do estúdio e/ou streaming.

Agora falando sobre a história, perguntou-me se Zack Snyder estudou roteirização ou só viu no Google como escrever. Se o primeiro tinha uma história, Rebel Moon – Parte 2 não existe nenhuma história. É cão caçando gato, gato caçando cão, e no meio disso tudo, explosão por todo canto. Até mesmo Army of the Dead, outro filme de Zack Snyder na Netflix, tinha roteiro e uma história, apesar de ridícula, mas tinha, Rebel Moon 2 não tem, ele só entrega tiro, porrada e explosão. O filme parece ter sido feito sem roteiro algum, apenas encenações de batalhas, demarcações das explosões e os atores falam o que quiser, e mesmo assim, pouco se fala. Com o dinheiro que Snyder ganha da Netflix e essa vontade de uma longa franquia de Rebel Moon, ele poderia estudar mais sobre roteiros.

Mas apenas de só ter tantos erros assim, o filme melhora e muito as batalhas do primeiro e a sua fotografia juntamente de uma estética belamente devastadora. E aí estão alguns bons acertos junto das atuações de Sofia e Ed.

Rebel Moon – Parte 2, consegue ser melhor que o primeiro, mas isso não significa que o filme é bom, pois enquanto ‘Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo‘ é completamente horrível, este aqui é apenas “ruinzinho”. Não chega a subir um degrau, pois está se esforçando pra escalar esse único mísero degrau. Zack Snyder tem boas ideias, isso é um fato, doa a quem doer, mas ele é completamente péssimo para colocá-las no papel. Se ele tiver uma ideia incrível para um filme, teremos a certeza que ele será de mediano pra baixo, muito baixo. No fim de tudo, deixo você ponderar a seguinte questão: Até quando veremos uma direção morta e um roteiro inexistente em produções de Zack Snyder? Ou melhor, até quando teremos que ver Zack Snyder entregar as piores produções possíveis?

Avaliação: 1.5 de 5.

‘Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes’ já está disponível na Netflix.

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